segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Células - tronco

Para entendermos o que são células-tronco, vamos primeiramente entender como elas surgem.
O surgimento dessas células se dá da seguinte maneira: o espermatozoide fecunda o óvulo, dando origem ao que chamamos de zigoto. O zigoto sofre mitoses dando origem a uma “bola de células”, que se diferenciam originando os folhetos germinativos, que em seguida se diferenciam em tecidos e órgãos do organismo.

Essas células originadas das mitoses do zigoto são as células-tronco, que também são chamadas de células-mãe ou células estaminais. Elas são células muito simples que têm a capacidade de se diferenciarem em qualquer tipo de célula, formando qualquer tipo de tecido e podem ser classificadas em células-tronco embrionárias e células-tronco adultas. As células-tronco embrionárias são retiradas de embriões e são classificadas em:

Células-tronco totipotentes – o corpo humano é formado por vários tipos de tecidos e esse tipo de células-tronco é capaz de se diferenciar em qualquer um deles, inclusive placenta e anexos embrionários. As células totipotentes são encontradas nas primeiras divisões do embrião, por volta do terceiro ou quarto dia depois da fecundação, quando o embrião está com aproximadamente 32 células.

Células-tronco pluripotentes – também são capazes de se diferenciarem em qualquer tecido do organismo, com exceção da placenta e dos anexos embrionários. Elas são retiradas do embrião por volta do quinto dia depois da fecundação, quando o embrião está com aproximadamente 64 células.
As chamadas células-tronco adultas são retiradas do organismo já formado, por exemplo, medula óssea, fígado, sangue, cordão umbilical, placenta etc. Elas são chamadas de células-tronco adultas por não terem mais alta capacidade de diferenciação.

Em países onde estudos com células-tronco são permitidos, elas estão sendo utilizadas, em caráter experimental, no tratamento de diversas doenças como câncer, doenças do coração, doenças hepáticas, Alzheimer, diabetes, doenças renais, entre tantas outras. Entretanto, o uso de células-tronco embrionárias ainda é muito polêmico, pois para a retirada dessas células, tem que haver destruição do embrião e para muitos o embrião é considerado uma vida que se encontra em formação.

Clonagem

A clonagem (do grego Klon = broto vegetal) é processo natural ou artificial onde são produzidos organismos geneticamente idênticos. Trata-se de um tipo de reprodução assexuada pois não envolve troca de gametas entre indivíduos.

Histórico
Em 1903 o botânico Herbert J. Webber criou o termo clonagem. Mas ela ficou mundialmente conhecida com a clonagem da ovelha Dolly, que nasceu dia 5 de julho de 1996, feita pelo cientista escocês Ian Wilmut. Em 2001 um médico italiano, chamado Severino Antinori teve a intenção de clonar num ser humano, o que causou grande agito na sociedade cientifica. Outros cientistas até anunciaram que havia clonado um ser humano, porem esses fatos nunca foram provados.

Clonagem reprodutiva
A clonagem reprodutiva se refere à produção se seres vivos geneticamente idênticos, ou seja, produção cópias idênticas de seres vivos, sejam eles animais, vegetais ou humanos. Neste processo, normalmente o núcleo de uma célula reprodutiva é retirado e esta recebe uma célula somática, que irá se fundir e se dividir, comportando-se como um embrião normal. Este embrião é implantado em uma mãe de aluguel. O organismo formado é geneticamente idêntico ao organismo doador da célula somática. Assim que a ovelha Dolly foi clonada. A célula somática utilizada é de uma glândula mamária.

Clonagem terapêutica
O objetivo desta técnica é produzir células-tronco para o tratamento de doenças e produção de órgãos para transplante. Esta técnica é a esperança de muitas pessoas portadoras de doenças como diabetes, Parkinson e Alzheimer. Esta técnica esbarra em muitos preconceitos e parâmetros éticos. O processo de produção de uma célula é muito parecido com a clonagem reprodutiva, porem a célula não é implantada no útero. As células-tronco embrionárias podem se diferenciar em todos os tipos de tecidos e são chamadas de multifuncionais, já as adultas não possuem esta capacidade, cada uma dá origem ao mesmo órgão.

Benefícios da clonagem
Os cientistas têm muitas esperanças com relação à clonagem na cura de doenças, porem esbarram em parâmetros éticos. Mas acreditam que no futuro a clonagem possa produzir células de órgãos ou até órgãos inteiros, salvando a vida de muitas pessoas e diminuindo a fila dos transplantes. Que também possa utilizar células do próprio organismo no lugar de implantes mamários, clonando as células de gordura, por exemplo. A clonagem de seres humanos poderá solucionar os casos de infertilidade e até evitar que crianças nasçam com defeitos genéticos. Espécies de animais com risco de extinção podem ser clonados.

Riscos da clonagem humana
Muitos médicos “espertinhos” podem querer lucrar muito com esta técnica, clonando seres humanos, cobrando muito dinheiro por isso.
Como ocorreu na ovelha Dolly, os clones podem ter envelhecimento precoce, uma vez que são originados de uma célula adulta.
A individualidade do organismo passa a ser invadida, pois ele será ou terá uma cópia andando por aí.
Muitas pessoas clonadas podem ser alvos de preconceito.

Aspectos éticos
Todos nos sabemos que a clonagem pode acabar se tornando um grande comércio no futuro e acabar fugindo do controle. O custo desta técnica é e será cada vez mais caro e poucas pessoas terão acesso a ela.
“A ciência precisa seguir em frente no seu objetivo de antecipar-se ao futuro, com prudência e controle democrático sobre suas aplicações práticas”. (Revista Scientifc American, Ano 2, nº 14).
Segundo a reportagem “Prós e contras da clonagem humana”, ela pode sim ser realizada, porem necessita de limites e um equilíbrio, respeitando os valores morais e éticos. Uma legislação deve ser construída democraticamente com a participação de todos garantindo uma tecnologia segura a serviço da humanidade, que respeite os valores humanos e ao mesmo tempo possa desenvolver novas tecnologias.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Os trangênicos


A agricultura é uma das principais atividades humanas, senão a principal, pois ela é a responsável por alimentar milhões de pessoas no mundo. É responsável também pelas transformações no espaço geográfico. Primeiramente era praticada às margens dos rios para deles aproveitar a água. Em seguida o aumento da produção se deu, e graças às técnicas que foram se aprimorando, hoje temos uma verdadeira revolução no campo: técnicas agrícolas, máquinas, seleção de sementes, uso de fertilizantes, técnicos e engenheiros agrícolas que acompanham todas as fases, o preparo do solo, o plantio, e a colheita. E, por último temos a transgenia, você sabe o que é isso?

Bom, produtos transgênicos são resultantes de técnicas introduzidas no campo, capazes de alterar e modificar geneticamente um alimento, onde na natureza não seriam produzidos naturalmente.

Apesar de aparentemente não oferecer nenhum tipo de risco, a manipulação de genes pode ocasionar sérias complicações, tendo em vista que se conhece muito pouco acerca desse assunto, pois as pesquisas nesse sentido existem somente há, aproximadamente, três décadas. Desse modo, não se sabe ao certo quais são as reações e consequências que podem ocorrer se um organismo que recebe um gene estranho desenvolver uma rejeição proveniente da complexidade dos seres vivos. Isso é uma realidade, pois já foi constato em porcos modificados geneticamente que para ganhar peso receberam genes de outros organismos e contraíram artrite e outras complicações em seu estado clínico.

Trata-se um assunto muito polêmico, pois tais alimentos podem gerar danos à saúde. Esses alimentos são modificados geneticamente para resistir às intempéries do clima, as pragas, aumentando a produção e consequentemente aumentando os lucros. A polêmica, portanto é em razão da incerteza sobre o que pode acontecer no organismo humano caso haja o consumo de produtos derivados da alteração genética.

Os transgênicos também são chamados de OGM (Organismos Geneticamente Modificados), esses produzem plantas que são adaptadas a climas diferentes, solos, entre outros elementos.

Há quem defenda também o lado positivo desse tipo de mutação: apesar das polêmicas os pontos fortes seriam:
*Aumento da produção- Devido a maior resistência desses produtos, eles durariam mais, isso seria bom, uma vez que a população mundial cresce a cada dia e a produção de alimentos tem que dar conta dessa demanda.
*Maior resistência a fungos e pragas em geral- Essa resistência contribuirá para que o alimentonão se deteriore pela ação desses “intrusos” nas lavouras, e ainda, maior duração nos estoques.
*Aumento do conteúdo nutricional - Segundo alguns especialistas, pode-se modificar também o valor nutricional aumentando-o, contribuindo assim para a saúde.

Texto de:  Elizabeth Noceti Pereira e Eduardo de Freitas